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Crítica | 1917 – Arte e horror em um só plano



Dos nove indicados ao Oscar de Melhor Filme em 2020, 1917 é o que permanece na memória do espectador por mais tempo. Não que o surpreendente Parasita perca a atenção chocante , mas, em questão de arte cinematográfica, o drama sobre a Primeira Guerra Mundial emplaca seus concorrentes. Ainda que, para tanto, o horror da guerra tenha sido o cerne do roteiro, a fotografia, a trilha sonora e o efeito visual desviam o olhar do público para a perseverança.

Em 1917, o cenário é o mesmo da 1ª Guerra, mais precisamente, o da batalha de Passchendale. Inspirado nos relatos de seu avô, o diretor Sam Mendes (Beleza Americana, 007 Skyfall) nos traz a jornada de dois soldados britânicos para entregar uma mensagem que pode salvar 1,6 mil companheiros. Atravessando um longo território, antes ocupado por inimigos, eles encontram o horror da guerra.
Dean Charles Chapman e George MacKay em cena de 1917
A trilha sonora oscila bem entre os altos e baixos, que remetem aos perigos das trincheiras e à atenção certeira de um soldado em campo do adversário de guerra. O compositor Thomas Newman (Beleza Americana) é mestre em trazer ainda o drama de um personagem nos momentos de calma depois da agitação.

Com toda a sincronia entre técnica e arte, 1917 inova na perspectiva do horror da Grande Guerra e arrebata, primordialmente, o público entusiasta aos filmes do gênero.
Universal Pictures/ Reprodução
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